Postado 25 de abril de 2019
Ao fazermos mercado e feira, sempre temos a dúvida sobre a quantidade de coisa que queremos levar. Se nos planejamos para compras mensais ou semanais, tudo pensando em como evitar o desperdício de alimentos. Para isso há uma série de práticas sustentáveis que vão ajudar a diminuir o desperdício de comida no seu dia a dia.
Tudo começa por como nos organizamos nas compras. Elas não podem ser feitas impulsivamente e devem ser planejadas, porque desperdício de comida também significa desperdício de dinheiro. Com isso em mente, podemos cumprir uma série de etapas que nos ajudam a consumir de forma mais consciente e econômica.
Essa talvez seja a forma mais simples de diminuir o desperdício de comida. Fazer uma lista do que está faltando em casa ou do que você está planejando cozinhar vai te ajudar a evitar jogar alimentos fora, além de evitar gastos desnecessários. Com a lista feita, evite a todo custo comprar itens que não estejam nela ou que tenha esquecido, isso pode acabar saindo de controle.
Pouca gente tem o costume de conferir a data de validade dos produtos do mercado e, sem perceber, estão comprando alimentos prestes a serem descartados. Na sua próxima ida ao mercado, não se esqueça de checar a validade e calcular o tempo para aquele produto não seja desperdiçado.
Aqui você tem duas opções: ir ao mercado ou feiras livres semanalmente e comprar em menor quantidade aqueles alimentos que você sabe que acabam estragando mais rápido, como frutas, verduras, legumes, ovos, queijos, pães e carnes. Ou então comprar alimentos não perecíveis para o mês inteiro e, semanalmente, repor aqueles perecíveis. É uma boa forma de aproveitar promoções sazonais, além de frutas e verduras do período.
Agora que você se planejou e já sabe como evitar o desperdício alimentar na hora das compras. Que tal adotar práticas sustentáveis em casa, aprendendo a como conservar os alimentos usando a geladeira?
Aqui há dois tipos para ter atenção: as que emitem muito etileno e as que emitem pouco. Esse é um gás que faz parte do processo de amadurecimento, ele reage tanto ao calor quanto ao oxigênio, ambos podendo acelerar o processo de amadurecimento e apodrecimento das frutas.
As frutas que emitem muito etileno podem ser armazenadas fora da geladeira, desde que em um ambiente fresco. Dentro do refrigerador, elas precisam estar guardadas em um pote ou um saco plástico ziplock. Entre as frutas desse tipo, as mais comuns são: abacate, ameixa, banana, manga, maçã, mamão, maracujá, nectarina, pêra, pêssego e tomate.
As frutas que emitem pouco etileno devem ir à geladeira, especialmente depois de abertas. Nesse caso, devem ser embrulhadas com papel filme para que haja o menor contato possível de ar com a superfície da fruta. Elas também podem ser congeladas, devendo ser descascadas e cortadas em porções menores para serem embaladas e armazenadas. Nas que emitem pouco estão, por exemplo: abacaxi, caju, limão, carambola, cereja, coco, figo, goiaba, laranja, limão, melancia, morango, tangerina e uva.
O desperdício de frutas também pode ser evitado quando as transformamos em outras coisas. Bananas passadas podem virar bananada e bolo, maçã pode virar compota e geleia. Praticamente qualquer fruta pode ser usada em um bolo antes que estrague, evitando o desperdício e estendendo sua vida útil.
Depois de lavados e deixados para secar, verduras e legumes dividem-se entre os que podem ir à geladeira e os que precisam ser armazenados em baixas temperaturas.
Quase todas as folhas, mesmo no caso de ervas, precisam ser armazenadas na geladeira. Algumas podem ser congeladas sem muita perda, como é o caso da salsinha, do coentro e de outras ervas aromáticas. Essas podem, inclusive, ser picadas e guardadas em vasilhas no freezer, e indo direto pra panela quando necessário. Alguns legumes e tubérculos se dão melhor com a temperatura ambiente. Batatas escurecem se armazenadas na geladeira, cebola e alho também preferem locais menos frios, o mesmo vale pra pimentas. Pepinos e rabanetes podem ir ao refrigerador para estender a vida útil, mas não é necessário.
Quase todas as folhas podem ser refogadas e armazenadas por mais alguns dias antes de estragar. Pepino, cenoura, batata e pimentas podem ser transformadas em picles, molho de pimenta ou geleias. Você também pode optar por branquear os vegetais e assim mantê-los conservados por ainda mais tempo.
Pães industrializados já têm conservantes em sua composição, mas mesmo assim duram mais se mantidos no saco. Pães caseiros e artesanais costumam durar muito menos, então é bom consumi-los rápido. Já os industrializados podem ir à geladeira para estender sua duração e também podem ser armazenados no freezer por até 2 meses. Se garantir que eles não tenham contato direto com o frio, vão manter a consistência durante todo o período de congelamento.
Arroz, milho, linhaça, aveia e demais cereais duram muito tempo, tanto que quase não precisa se preocupar com outras formas de mantê-los conservados. Só garanta que não fiquem expostos ao sol e nem a umidade. Também evite encher o pote onde os armazena antes de remover os grãos no fundo, porque eles podem não ser consumidos por muito tempo e acabar apodrecendo, contaminando os grãos saudáveis na vasilha.
Costumam ser os alimentos com menor tempo de vida útil, mas também a forma mais simples de armazenamento. Carnes não curadas estragam em questão de dias, então a recomendação é de sempre congelá-las quando não forem ser consumidas em breve. Peças muito gordurosas perdem qualidade mesmo congeladas porque a gordura ainda sofre oxidação, alterando seu sabor.
Assim que chegar em casa com elas, deve retirá-las da embalagem original para evitar contaminação. Armazene-as em sacolas plásticas novas, potes ou embrulhadas em papel filme. Nunca lave carne antes de levá-la à geladeira ou ao freezer, elas vão absorver uma boa parte da água usada no processo, levando junto as bactérias contidas nela. Também, em hipótese nenhuma, congele uma peça de carne depois de descongelada. O interior dela leva mais de um dia para congelar, dependendo do tamanho do corte, esse processo pode demorar até três dias. Durante todo esse tempo, a carne está perdendo a qualidade.
Leites industrializados e ovos devem ficar na geladeira após abertos, mantendo uma temperatura constante de 7º. Evite colocá-los na porta, porque essa é a área do refrigerador que mais sofre variações de temperatura, diminuindo a vida útil desses alimentos.
Queijos devem sofrer mínima exposição ao ambiente para evitar a criação de mofo. Também não podem ser congelados ou vão acabar perdendo textura e sabor. Algumas variedades de queijo, como os curados, duram algum tempo em temperatura ambiente, contanto que sejam armazenados em um local seco e limpo, mas sempre prefira guardá-los na geladeira.
Se a gente não toma cuidado, a geladeira acaba virando um grande depósito de alimentos e, cedo ou tarde, você vai acabar encontrando algum alimento estragado lá dentro, muitas vezes porque acabou esquecendo que ele estava lá. Para evitar esse problema, a solução é bem simples: guarde tudo em potes transparentes.
Outra dica é organizar por ordem de validade, ou seja, coloque na parte de cima, próximo à sua linha de visão e na região mais fria da geladeira, os produtos mais perecíveis. Nas prateleiras abaixo, coloque os alimentos que vão durar um pouco mais.
Além disso, o freezer também é um grande aliado para conservar os alimentos e evitar o desperdício de comida, confira o nosso post para saber como organizar o freezer.