Postado 23 de abril de 2012
A carne seca é uma paixão nacional!
Muito consumida em todas as regiões do Brasil principalmente na região nordeste, ela é a base de muitas receitas como: arroz carreteiro, feijão tropeiro, virados, escondidinho, bolinhos, caldos e afins.
Foram os tropeiros os inventores do quarteto mais que brasileiro arroz, feijão, farinha de mandioca e carne seca. Da mistura desses ingredientes nasceram o arroz carreteiro, o feijão tropeiro, os virados, os tutus, as farofas e os inúmeros mexidos.
E falando em carne seca, a iguaria faz parte da alimentação de todos os brasileiros, principalmente quem mora no Nordeste.
Aliás, o clima do Nordeste, por ser seco e quente, agiliza bastante o processo de cura da carne. Apesar deste tipo de carne ser muito querido pelos nordestinos, a carne seca é consumida em todo o Brasil, e a técnica para a cura dessa carne é antiga, feita por meio da salga, que permite estocar a carne por períodos maiores de tempo mesmo sem geladeira.
Mas não faça confusão: aquelas carnes de porco salgadas usadas para feijoada não entram na seara das carnes secas, mas sim, das salgadas.
Ela é também conhecida como carne-de-vento, carne serenada ou carne-do-sertão. Apesar do nome, ela nem sempre é seca ao sol, podendo ser curada no sereno, ou ainda em áreas cobertas e ventiladas, protegidas por telas. Pela técnica artesanal, a carne é aberta em mantas finas, de mais ou menos 4 cm, salgadas com sal refinado e deixada para secar por três dias. O resultado é uma carne marrom-acinzentada, avermelhada por dentro, com sabor e aroma característicos do processo de cura. Os principais produtores de carne-de-sol ficam em Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Norte. Para este tipo de técnica de cura e salga da carne, geralmente são usados cortes bovinos de primeira, como coxão mole, coxão duro, patinho e lagarto.
Uma variação da carne-de-sol, é geralmente preparada com coxão duro, coxão mole e braço bovino. A principal diferença entre a carne-de-sol é que esta carne é ainda mais seca, mais salgada e tem o tempo de cura maior. Este tipo de carne é produzido em escala industrial e leva conservantes como o nitrato, que a deixam com aspecto avermelhado. É boa para desfiar e usar em feijoadas, cozidos e em recheios de tortas salgadas.
Este tipo de carne seca é geralmente feito com carnes de segunda, como ponta de agulha e outras partes dianteiras do boi. Ela é bem mais rústica e desidratada que a carne seca, pois é feita com mantas mais finas de carne, e com carnes menos nobres. Depois de secas, as mantas de carne são empilhadas, e o peso de uma carne em cima da outra acaba deixando este tipo de carne ainda mais seco e endurecido. Ela tem sabor bem pronunciado e tem veios de gordura, que são bons para o preparo de guisados e o tradicional arroz de carreteiro.
Antes de usar a carne seca em alguma receita:
Para o pré-cozimento:
Para ensopados ou até mesmo para desfiar a carne seca, use o caldo deste segundo cozimento para dar mais sabor e umidade às suas preparações.
Já a carne-de-sol não precisa passar pela etapa do molho. Apenas lave-a em água corrente para eliminar o excesso de sal. Caso você perceba que pela cura a carne acabou ficando dura e salgada demais, lave-a e depois deixe a peça inteira de molho em uma mistura de leite com água gelada, dentro da geladeira, por mais ou menos 6 horas. Quando você for usá-la para cozinhar, basta retirá-la do molho.
Terminou a sua receita e percebeu que fez a maior sujeira? Saiba como fazer a limpeza do fogão se danificar o seu eletrodoméstico.